Sem ponto de chegada, nem de partida
Gente indo e vindo, sempre sorrindo,
E eu, como sempre, fingindo
Que não tenho mais nada haver,
Que não quero ter mais nada a ver,
Que não quero ter mais que te ver,
E sobre o que está por vir… não estar mais aqui pra ver.
Quando o verão virar inverno
E a coisa esquentar de verdade,
O que vai ser da humanidade
Quando tudo aqui virar inferno?
Desumana faixa de gaze…
Curta demais pra cobrir todos os ferimentos
Que não param mais de sangrar
Por causa das bombinhas que vem ali daquela base,
Dia após dia, a todo o momento,
Vindas d’aqueles que não cansam de comemorar
Desumana faixa de gaze…
Curta demais pra cobrir os ferimentos
Que já pararam de sangrar
E o deus humano, comemorando
O desumano sofrimento
Das vozes que já pararam de gritar…
A minha vida é uma eterna despedida
Sem ponto de partida, nem de chegada
Gente indo e indo, e não mais sorrindo,
E eu, como sempre, fugindo
E a gente, que acha que não tem nada haver com tudo isso,
Que não quer mais ver tanto sumiço,
E que nunca quis ser tão submisso,
Ainda acha que, sobre o que está por vir… não vai estar mais aqui pra ver.
E quando o verão virar inverno
E a coisa esquentar de verdade,
O que vai ser da humanidade
Quando tudo aqui virar inferno?
Calixto John
16/7/2025
Narita - 8h48
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