segunda-feira, 10 de junho de 2013

12 de Junho

 
E quando não sobra mais nada

Nem pra sentir, nem pra fazer

Eu faço a única coisa sensata
Em que ainda consigo me manter:

Escrever.

Quando falar não faz mais sentido
E ouvir pode ser o pior castigo
Eu finjo dupla deficiência
Pra não fingir estar bem com sua ausência 

Não existe "não era pra ser"
Existe o que "era pra não ser"
Um sentimento que não tem pr'aonde escapar
Senão pra fora do seu olhar.

Nunca me arrependo do que faço
Mas errei ao invadir seu espaço;
Mesmo assim, não foi o que senti
Quando me entreguei pra ti

Haviam duas luzes 
Lá no fim do túnel
Pareciam ser seus olhos, mas não eram mais,
Eram apenas os meus, me deixando pra trás.


(Calixto_john)
10/6/2013



© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
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FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

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