sábado, 28 de julho de 2012

Agora Sim!

Agora sim!
Não entendo mais nada
Mas tudo faz sentido

Eu só sou o melhor amigo
Quando não estou auto-destrutivo
E sempre que estive assim
Foi a hora que mais precisei de ti

Agora sim!
Nada faz sentido
Mas está tudo como deveria ser

Sou sincero mais do que posso
Me abro e desabafo com qualquer um
Confio sem medir nem pensar
Amo como se fosse a mim mesmo

Mas eu não me amo
Não confio
Não me abro nem desabafo
Comigo mesmo

Será que é esse o melhor caminho?
Será que isso é o melhor 
Estar sempre sozinho
No meio da multidão
De amigos inimigos?

Não existe livre arbítrio
Quando não se quer sofrer
Não se faz,
E como ninguém quer sofrer
Não há escolha, apenas aceitação

Aceite o fato de que você pode escolher
Ter escolha ou não ter,
Que, ou você faz ou não faz
Mas você sabe que não vai fazer
Por medo de sofrer

Onde estará então a escolha?

Eu escolhi fazer tudo sozinho
Mesmo que me custe seguir um caminho
Pior que este aqui onde estou

Pelo menos
Sempre saberei quem eu sou
Sem ter que provar nada pra ninguém
Nem pra mim mesmo

Sem ter que provar do seu veneno
Sem precisar provar quem eu sou
Sem ninguém pra reprovar o que sou
Sem alguém pra partilhar onde vou

Sou alguém que busca descobrir
Como viver sem se iludir.


(Calixto_john)
28/7/2012


© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP)
(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

domingo, 1 de julho de 2012

Baixe o Tom Comigo!

Não grite
Não me imite
Cante alto
Mas não cante comigo
Não conte comigo

Solte a voz
Mas baixe o tom comigo
Não cante comigo
Não conte comigo

Aumente o volume
Isso diminui a dor
Levante e vá embora
Mas não me levante o tom!

Abaixe o volume e escute
Você sempre aumenta o tom e discute

Solte a voz
Mas baixe o tom comigo
Não conte comigo
Não cante comigo

Abaixe o tom
Aumente o volume
Solte a voz
Mas vá pra longe de nós.

(Calixto_john, 1o. de Julho/2012)



© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente
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(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

Recomeço de Julho

Sempre fui injusto
Gritando que sou sozinho
Mas não sou
Apenas sou vazio

Não grito quando dói
Eu grito quando não dói!
Quando dói eu fico mudo
E o meu grito, fica surdo

Ter esperança não é a melhor saída,
Pense em quem espera o tempo todo sair da vida

Eu espero voltar logo a ser quem eu era
Antes que eu deixe de ser o que nunca fui

Se houvesse uma luz no fim da escuridão,
Onde estaríamos então?

Eu volto sempre em minha vida,
Para o ponto de partida,
Mas como pode ser isso tudo
Se eu não sou mais o mesmo?

Recomeçar é uma coisa interessante...
...e é sempre diferente, a cada instante
É voltar sempre ao ponto de partida
Mesmo que não seja na mesma vida.

(Calixto_john, 1o. de Julho/2012)



© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente
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