quinta-feira, 28 de maio de 2009

Menina, me nina...

Acabou.
Mas como pôde algo que não era inteiramente verdadeiro
Acabar, sem um momento derradeiro?

Você se foi
Sem ter estado aqui
Sem estar nem aí...

Hipoteticamente pensei,
Pateticamente cheguei
Ao final
Do que nunca havia começado.

A minha menina
Tentou ser a mulher
Que fascina...

Mas acabou foi por despertar em mim
A criança adormecida
No peito de homem.

Ficamos pasmos em meio a tudo,
Ficamos no meio do caminho um do outro,
Tivemos um meio-termo
E eu temo - meio que receoso -

Que este tenha sido o motivo
Pra acabar assim
Pra você acabar comigo,
Pra você acabar sem mim,

Partindo, sozinha na sua estrada,
Partindo-me a alma desesperada,
Levando a metade que não me pertencia,
Deixando o dissabor da despedida.


Nina...
Menina,
Me nina...


Canta,
Encanta,
Me encanta,

Menina,
Me ensina,
Me nina...
Me tira toda essa dor...

Nina...
Menina,
Me nina...
...mas me fez despertar...


...pra minha realidade absurda
De querer viver sempre um tempo
Que já não me pertence mais.

O fim da estrada,
Bem mais perto pra mim do que pra você
É uma coisa que você não vê

Que não vale a pena ser levada a sério
E que pra entender isso, não existe mistério.


Eu vou ficar aqui com o meu meio coração
Inteiramente seu.

Nina...
Menina,
Me nina...


Canta,
Encanta,
Me encanta,

Menina,
Me ensina,
Me nina...
Me tira toda essa dor...

Nina...
Menina,
Me nina...
...mas me fez despertar...



(Calixto_john, 20/05/2.009)



© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP)
(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7