segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Parábola das Mães



Dizem que a amizade não se pode medir, apenas provar...


Há séculos atrás, num vilarejo afastado, dois garotos eram muito conhecidos dentre a população local devido a grande amizade que havia entre os dois. Amigos desde a infância, eram inseparáveis.

Deu-se que um dia, questionados quando à sinceridade de sua amizade, decidiram procurar o mais velho ancião da região para que ele pudesse colocá-los à prova e descobrir até onde iriam pela sua amizade. 


Chegando à presença do ancião, expuseram-lhe a dúvida, e então o mestre propôs a seguinte situação:



"-Imaginem-se cada um de vocês, sozinho, chegando à beira de um precipício e se deparando com duas mulheres ali penduradas, prestes a cair. Sozinho no local, cada um de vocês só terá chance de salvar uma das duas, então, alguém fatalmente cairá durante o resgate. Agora, o detalhe mais importante: as duas mulheres à beira da morte são exatamente sua mãe e a mãe de seu melhor amigo."

Pausa e silêncio.

Depois de alguns instantes, perguntou então o mestre ao mais velho dos dois amigos: "-O que faria?"

Ele baixou a cabeça, pensativo, e apesar de levar alguns instantes pra responder, foi taxativo:

"-Dentro de tais circunstâncias não me restaria escolha senão salvar minha mãe, pois minha própria existência devo a ela, apesar de também amar muito a mãe de meu amigo."

"-E você, – perguntou o ancião ao mais novo – qual seria a sua escolha?"

O mais jovem respondeu sem o menor vacilo:


"-Eu faria exatamente a mesma coisa que meu amigo, faria o mesmo resgate, puxaria de volta a mãe dele."


"-Mas e a sua mãe?" - perguntou o amigo mais velho.
 "-Minha mãe? Assim como você, eu também acredito que lhe devo tudo, inclusive a minha própria vida; por isso, eu trocaria de lugar com ela." 


Calixto_john
Maio de 2.000


"Feliz dia das mães para todas as mães do mundo!"
(e para as minhas também!)

#AngelaGonzalezloveforever
#BisaMarialoveforever
#TiaEuniceloveforever



Importante!

Você pode copiar e redistribuir todo o conteúdo do meu blog e demais redes sociais que participo, desde que não altere o conteúdo de nenhuma forma, que o conteúdo permaneça completo e inclua esta nota de direitos autorias e também este link:


© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP)
(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915

FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sem Anos a Frente




















Eu vou viver até os cem
Mesmo que seja sem sentido
Viver, mesmo que sem vontade
Mas sem ser pela metade

Cem anos de ilusão
Sem amor no coração
Cem vezes desiludido
Sem, às vezes, opção

Eu sei que chego aos cem
Mas não vou saber o que fazer
Depois de ver todos a quem quero bem
Morrer, antes de mim

Ficar sozinho é uma arte
Que se aprimora com a idade
Ser mestre em não ser mestre
É algo próximo da insanidade

Eu vou viver até os cem
Mesmo que seja sem sentido
Mesmo que seja sem ninguém
Ou seja apenas só comigo

Quem realmente tem a si mesmo
Nunca está sozinho.


Calixto_john
10/4/2012


© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP)
(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

segunda-feira, 9 de abril de 2012

E Agora?


Eu grito em silêncio
Pra que você possa ouvir o que eu sinto sozinho
E me mostrar o caminho

Tinha uma luz no começo do túnel
Que era o fim da escuridão
E o começo do perdão

Mas eu fui pro lado errado
Esperando, ao seu lado
Você voltar.

Eu já não estou mais aqui
Desde que persisti ao seu lado
E ti perdi

Passo os dias agora
Como longas noites no escuro, a passos curtos
Sem saber aonde ir sem você

Eu espero você voltar
Bem aqui ao seu lado
Sentado à beira do abismo
Que se formou entre eu e você

Eu espero poder encontrar
Bem ali no passado
Um lugar onde o pessimismo
Não possa me entristecer

E agora que estou sozinho com você
Talvez você consiga entender
Que o meu lugar sempre foi ao seu lado
Mas longe de você.

(Calixto_john, 9/4/2012)






© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP)
(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

domingo, 1 de abril de 2012

O Que Sou

Não sou sincero o tempo todo
E isso também, é uma grande mentira
Penso na minha vida
Como se fosse uma grande despedida

E espero você voltar
Da mesma forma que esperei
Você me deixar


Eu sou o que sou
Nem mais, nem menos,
Nem muito, nem pouco,
Nem certo, nem errado,

Apenas espero
Voltar a estar ao seu lado.

Não sei se pra você
Isso é suficiente,
Mas eu sou apenas eu
E sou inteiramente seu


Eu sei que não sou
A metade do que deveria ser
Mas o pouco que me sobrou
Quero partilhar com você


Eu sou o que sou
Nem mais, nem menos,
Nem muito, nem pouco,
Nem certo, nem errado,

Apenas espero
Voltar a estar ao seu lado.

Não sei se pra você
Isso é suficiente,
Mas eu sou apenas eu
E sou inteiramente seu
 

 

Calixto_john
7/12/2011
5:45


© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP)
(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7