terça-feira, 10 de abril de 2012

Sem Anos a Frente




















Eu vou viver até os cem
Mesmo que seja sem sentido
Viver, mesmo que sem vontade
Mas sem ser pela metade

Cem anos de ilusão
Sem amor no coração
Cem vezes desiludido
Sem, às vezes, opção

Eu sei que chego aos cem
Mas não vou saber o que fazer
Depois de ver todos a quem quero bem
Morrer, antes de mim

Ficar sozinho é uma arte
Que se aprimora com a idade
Ser mestre em não ser mestre
É algo próximo da insanidade

Eu vou viver até os cem
Mesmo que seja sem sentido
Mesmo que seja sem ninguém
Ou seja apenas só comigo

Quem realmente tem a si mesmo
Nunca está sozinho.


Calixto_john
10/4/2012


© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
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(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

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