terça-feira, 19 de junho de 2012

Insegurança

Hoje foi mais um dia
Igual a todos os outros
Em que eu lembrei que não sabia
Que hoje, continuei morrendo aos poucos

Sem lembrar do que fiz de bom,
Sem esquecer do que fiz de mal,
Sem saber dizer quem sou,
Sem querer ser racional...

A insegurança que me dominou
Reflete a situação na qual estou
Sem ter controle do meu pensamento
Que me desespera a todo momento

A luz no final do túnel
Parece não querer mais chegar!
Nem sei se um dia eu vou poder
Olhar pra trás

E ver o caminho que eu deixei
Escuro, sombrio,
Cheio de acidentes
Dos quais quero esquecer no presente...

Hoje, foi um dia como amanhã,
Pois eu já sei como ele vai ser!
Um desgosto atrás do outro,
É o que me faz desistir de viver...

Não há nada pior do que saber,
Que existe aquela espontânea certeza de que
A solução para os meus problemas
Nunca poderá ser uma realidade...

Não há chances, o que há é a verdade
De que o grande culpado de tudo fui eu mesmo

Que me deixei persuadir
Por uma situação que na verdade
Foi fruto dessa minha insegurança
Que eu não tive a capacidade sequer
De tentar superar...


(Calixto_john, João Calixto Neto
Inverno de 1989)



Parte do livro "Pensamento", pág. 46, João Calixto Neto
Editora Ateniense, 1997, São Paulo, SP





© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
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(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

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