terça-feira, 7 de agosto de 2012

10 de Agosto

Eu quero ter o poder
De poder ter o querer
De fazer uma canção bonita
Mas que não fale da minha vida

Os versos vão se desenhando
E a verdade se entregando
Como sendo a maior mentira já dita
De que há uma beleza maldita
Entre o real imaginário,
O falso verdadeiro e ordinário
E eu e você

Eu quero apenas te lembrar
Do meu coração a vagar
Cego como um morcego
Que enxerga no escuro
Todo esse seu apego
E uma vida toda em cima do muro
Entre tantos entretantos

Entrando em tantos encantos
Tentando me fazer mais uma conquista
Sem deixar nenhuma pista
Com uma sabedoria nua

Já se olhou no espelho hoje?
Com certeza não
Porque, mesmo que olhasse
Veria outra pessoa no lugar
A te encarar
A face mentirosa e serena
Achando que a mentira vale a pena
Que vale mais que a vida de qualquer pessoa
Não importa o quanto seja boa

Não existem pessoas más
Mas sim, falta de compaixão
Mas não, falta gente sem paixão
Faltam boas pessoas, mas...

Mas faltou eu querer ter o poder
De poder ter o querer
De escrever minha canção bonita
Que não fale mais sobre a minha vida.

(Calixto_john)
7 de agosto, mas deveria ser dia 10.



© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação vigente
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP)
(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

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