quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ahora

Eu sei a coisa certa, boa e errada
de fazer
E eu sei que se você tiver alguma coisa pra dizer,
Diga agora, ou deixa pra depois que eu deixar de existir...
Mas não pra depois de eu mudar de ideia, direção e partir

Eu sei que agora é a hora
Eu sei que não é ahora

Tenho um frio na espinha que não sobe pra cabeça
Por ela estar tão cheia de um vazio que, embora não pareça,
Preenche a pior parte das minhas lembranças recentes
Me estragando como se eu não fosse mais que um adolescente

Eu sei que agora (a pouco) foi a hora
Eu sei que não é ahora

Tem uma voz dentro de mim
Que diz que nada disso foi assim
Perdoar não é idiotice,
Mas amar pode ser burrice

Deixar pra traz não é abandonar
Voltar atrás é banalizar
Deixar pra depois é idiotice
Mas bem que eu te disse

A fila anda,
As máscaras caem,
A farsa desanda,
E tudo o que sai
Dessa dança de ciranda,

Era que... a hora (foi) agora
Eu sei que não foi a hora
Sei que não foi ahora.




Calixto_john
24/7/2013 





© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
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FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

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