segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Porta Aberta


A solidão me faz companhia
Me ajuda a ser o que sou.
Não quero mais ser poeta
Cansei de deixar a porta aberta

Olhei para rua agora há pouco
Vi você vindo longe, andando,
Mas não era você voltando
Era apenas eu ficando louco

Mesmo assim
Deixei a porta aberta
Pra ver se você acerta
E volta pra perto de mim

Troco os dias pelas noites escuras
Pra, no escuro, não me enxergar
Mergulhado em tamanha loucura
Que se tornou amar

Não olho mais pela janela
Nem pelo espelho,
Nem pela tela...
Como dói meu joelho!

Como dói minha consciência,
Como dói minha dor
Desde a minha adolescência
Desde que perdi todo meu amor

Não quero mais ser poeta,
Nem a companhia da solidão e da dor,
Vou tentar deixar a porta aberta
Pra ter de voltar seu amor.

Deixei a porta aberta
Pra ver se você acerta
E volta pra perto de mim
Antes do fim.


Calixto John
8/9/2013






© Calixto_john, João Calixto Neto, Ed. Ateniense, São Paulo
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(CBL)Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil: Calixto, João Neto CDD 869.915
FBN - Fundação Biblioteca Nacional: ISBN 978-85-330-0019-7

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